Não adiantaram protestos, tentativas de consciencialização nem ameaças de queixa à autoridades.
«Isto não é um canil?» atirou o dono com desprezo -«Já não tenho espaço para ela. Se não a querem aqui, eu levo-a e dou-lhe um tiro!»
Nem disse o nome do animal (valerá a pena nomear um ser a quem não desejamos e que vemos como objecto?), e foi-se embora sem um único olhar para trás.
Claro que não vale a pena fazer queixa: morremos nós, morrerá o pseudo-dono, morrerá a cadela e tudo ainda continuará na mesma.
Deste modo, a Brown instalou-se, como pôde, numa casota perto da casa da ração.
É uma jovem adulta, muito territorial com os outros cães e muito meiga com as pessoas.
Tem como especial característica a capacidade de atenção,de se concentrar num ruído ou nas actividades à sua volta. Curiosa, como qualquer membro do sexo feminino que se preze...
Ficaria eternamente grata a quem a livrasse da corrente -não há espaço para ela nem para muitos outros em canis - e lhe desse um lar.
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